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Dona da Le Lis Blanc e da Dudalina fecha lojas e fábricas e volta ao lucro em 2017

Companhia realizou uma série de cortes neste ano e saiu de um prejuízo de R$ 12,8 milhões para lucro de R$ 8,2 milhões

Depois de fechar 26 lojas, duas fábricas e demitir centenas de pessoas em 2017, a Restoque – dona das marcas Le Lis Blanc, Dudalina, Bo.Bô, John John e Rosa Chá – voltou ao lucro em 2017. A companhia realizou uma série de cortes neste ano e saiu de um prejuízo de R$ 12,8 milhões reportado no segundo trimestre de 2016 para lucro de R$ 8,2 milhões registrado no mesmo período deste ano.

Segundo balanço financeiro divulgado pela companhia, a Restoque tem focado no aumento da sua eficiência. Para isso, a empresa fechou 26 lojas consideradas ineficientes ao longo do primeiro semestre de 2017, passando de 327 unidades ao final de 2016 para 301 neste ano. As lojas fechadas tinham pouca rentabilidade, baixa produtividade ou custo de ocupação elevado.

A Le Lis Blanc foi a marca que sofreu o maior corte no número de lojas em 2017: oito unidades foram fechadas. Logo em seguida vem a John John, com sete unidades encerradas. Depois, aparecem as marcas Bo.bô e Dudalina, ambas com quatro baixas, e, por último, a Rosa Chá, com três pontos de venda encerrados.

Além de fechar lojas, a Restoque fechou duas fábricas da marca Dudalina em Santa Catarina. As unidades das cidades de Benedito Novo e Presidente Getúlio encerram a produção em julho deste ano e, segundo o sindicato da região, cerca de 430 pessoas foram demitidas.

As fábricas fechadas faziam camisas femininas e outros produtos da marca catarinense Dudalina, adquirida pela Restoque em 2014. A produção dessas unidades foi incorporada pelas três fábricas restantes da Dudalina, que ficam em Blumenau (SC), Luis Alves (SC) e Terra Boa (PR).

A Restoque cortou, ainda, parte do seu centro de distribuição em São Paulo. A área bruta utilizada foi reduzida pela metade.

Com tantos cortes, sobrou também para o quadro de funcionários. Segundo o balanço da companhia, foram eliminados 277 cargos administrativos. Com isso, as despesas com funcionários administrativos foram reduzidas em 35%. Somando às demissões das lojas e fábricas fechadas, os cortes na Restoque devem passar de 500 pessoas. A empresa não divulga o número oficial de funcionários demitidos.

A reestruturação, contudo, trouxe o retorno financeiro esperado pela companhia, que tem dívida de R$ 717,8 milhões. A receita da companhia cresceu 20,5% no segundo trimestre de 2017, ao saltar de R$ 283 milhões para R$ 341,1 milhões. O crescimento de abril a junho é similar ao de todo o primeiro semestre de 2017, que aumentou em 20% após a companhia registar uma receita de R$ 638,3 milhões nos seis primeiros meses deste ano contra R$ 531,7 milhões no mesmo período de 2016.

A companhia também reverteu o prejuízo de R$ 12,8 milhões registrado no segundo trimestre de 2016 para um lucro de R$ 8,2 milhões no mesmo período deste ano. Já no primeiro semestre de 2017, a Restoque continua no negativo, mas, pelo menos, conseguiu diminuir o prejuízo de R$ 37 milhões para R$ 2 milhões.

Fonte: Gazeta do Povo

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