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Reforma tributária pode vir à frente da Previdência, afirma Imbassahy

BRASÍLIA  –  O deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), ministro da articulação política que deixou o cargo temporariamente para a votação sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer, admitiu nesta quarta-feira a possibilidade de a reforma tributária passar à frente da Previdência na agenda econômica do governo no Congresso.

Ele destacou que os dois temas são prioritários e que a reforma da Previdência é urgente, como o corte de gastos tem mostrado, mas afirmou também que o governo pode aceitar uma versão simplificada da proposta aprovada na comissão especial, focada em menos temas, como idade mínima. “Pode acontecer, mas não temos ainda essa posição. Nós vamos fazer uma avaliação”, disse Imbassahy.

O parlamentar e ministro destacou que a votação de nesta quartra-feira sobre a denúncia pode ser vista como uma sinalização sobre a capacidade do governo de avançar na agenda de reformas. Para ele, é interessante olhar não só os votos a favor de Temer, mas também as abstenções. Ele ponderou ainda que haverá parlamentares que votarão contra Temer, mas podem apoiar as reformas.

Em relação à reforma tributária, Imbassahy disse que o tema é amplo e pode ser tratado por meio de tópicos que não exigem quórum constitucional como a Previdência. De qualquer forma, o processo será liderado pelo deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), relator da reforma ampla (que mexe na Constituição) em tramitação na Câmara, afirmou.

Vale lembrar que a Receita Federal e o Ministério da Fazenda querem uma reforma em etapas, começando com o projeto de lei que reforma o PIS/Cofins. Imbassahy não quis responder questionamento sobre se seria favorável a mexer na meta fiscal. “Esse é assunto do Meirelles”, disse.

Em relação às acusações de que o governo tem comprado apoio de parlamentares com liberação de emendas, Imbassahy afirmou que a autorização dos empenhos das emendas no início de junho foi geral, incluindo parlamentares de oposição ou da base que votam contra, e que o que aconteceu foi que alguns foram mais rápidos no andamento desse processo do que outros

Fonte: Valor Econômico

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